
Os processos composicionais, a relação de instrumentista/compositor ou as influências da música não-europeia de Enno Poppe, numa entrevista de Peter Rundel.
Várias centenas de teclistas, distribuídos pelos diferentes espaços do edifício, mostram ao público o talento que possuem, contribuindo para a criação de um ambiente pleno de entusiasmo. Um evento artístico de cariz festivo que, não sendo já uma novidade, atrai a cada ano mais participantes.
famílias e público geral
25+26.05 sábado+domingo
10:00 vários espaços
€ 3 (o preço é válido para os 2 dias do evento)
RUI RODRIGUES direção artística e interpretação
BEATRIZ ROLA, JORGE QUEIJO, PAULO NETO e TIAGO OLIVEIRA interpretação
Depois da Páscoa começa o tempo das festas populares. Um pouco pelo país inteiro as romarias ocupam as praças e os largos das igrejas. Partindo do espólio de instrumentos populares portugueses que existe na Casa da Música, e de todo um cancioneiro, recriamos um verdadeiro arraial português em celebração da música de raiz mais popular.
escolas do ensino pré-escolar e básico
03.06 segunda
11:00 e 14:30 sala suggia
€ 4
É mais uma celebração e é mais um momento em que alunos do ensino vocacional de música se apresentam em vários espaços da Casa da Música. Ao longo dos anos temos tido grande participação de violoncelistas: a solo, em pequenos agrupamentos ou em grandes ensembles com dezenas de instrumentistas. Para 2024 aguardamos igualmente uma participação escolar forte e apaixonada.
famílias e público geral
06.07 sábado
10:00 vários espaços
€ 3
O ciclo Made in Germany lança a temporada de 2023 da Casa da Música. É um cartão de visita para os meses seguintes e consiste em seis concertos com os agrupamentos residentes, uma conferência/debate e um espectáculo de teatro musical do Serviço Educativo.
Pensar e ouvir a Alemanha – com uma conferência/debate e um concerto sinfónico – é a proposta da Casa da Música para a abertura oficial do ano dedicado àquele país. Não perca.
“MÚSICA, UMA HISTÓRIA DA ALEMANHA”
CONFERÊNCIA/DEBATE
Oradores:
AUGUSTO SANTOS SILVA Presidente da Assembleia da República
DANIEL MOREIRA Subdirector do Departamento de Música da ESMAE
Moderadora:
JANA BINDER Directora do Goethe-Institut Portugal
Thomas Mann dizia que a música era o melhor da cultura alemã. Outros dirão a filosofia; outros a literatura; outros elegerão diferentes campos do saber ou das artes.
Em todo o caso, a Alemanha teve, e continua a ter, na cultura, nas artes, na produção de pensamento, o seu melhor. Na conferência-debate de abertura do Ano da Alemanha, a Casa da Música convida Augusto Santos Silva e Daniel Moreira a reflectirem sobre o enquadramento histórico, social, cultural e até religioso daquele país. Jana Binder modera a sessão, com o conhecimento de causa inerente à suas funções institucionais.
13.01 sexta
19:30 sala 2
ENTRADA LIVRE
ABERTURA OFICIAL ANO ALEMANHA
ORQUESTRA SINFÓNICA DO PORTO CASA DA MÚSICA
STEFAN BLUNIER direcção musical
BERND ALOIS ZIMMERMANN Photoptosis
RICHARD STRAUSS Uma vida de herói
A Abertura Oficial do Ano Alemanha é feita ao som de duas referências da música orquestral germânica dos últimos 130 anos. Em Photoptosis, as texturas em permanente transformação, associadas a técnicas de colagem, revelam a abordagem de Bernd Alois Zimmermann à paleta da orquestra num prelúdio de grande intensidade expressiva. Escrito em 1968, apresenta a linguagem muito pessoal do compositor numa época inovadora e tantas vezes dogmática. Em Uma vida de herói, Richard Strauss mostra a mestria no domínio da orquestração, numa obra cujos ecos autobiográficos encarnam os ideais sinfónicos do final do século XIX, dominados pela monumentalidade. Um diálogo entre dois tempos históricos numa Alemanha profundamente contrastante.
A estreia em Portugal de obras como Photoptosis, A House of Call (co-encomendada pela Casa da Música) e Speicher mostra a diversidade da música alemã dos nossos dias. Bernd Alois Zimmermann é uma figura ímpar da reconstrução artística da Alemanha, dividida após a Segunda Guerra Mundial.
ORQUESTRA SINFÓNICA DO PORTO CASA DA MÚSICA
PETER RUNDEL direcção musical
HEINER GOEBBELS concepção cénica e desenho de luzes
HEINER GOEBBELS A House of Call. My Imaginary Notebook (estreia em Portugal; encomenda Ensemble Modern, Berliner Festspiele/Musikfest Berlin, Kölner Philharmonie, beuys2021, Elbphilharmonie Hamburg, musica viva/Bayerischer Rundfunk, Wien Modern e Casa da Música)
Heiner Goebbels é uma referência das vanguardas alemãs. O compositor destaca-se com obras que atravessam fronteiras de estilo e género. A sua visão única do papel dos músicos traduz-se numa abordagem ímpar ao espaço cénico. Através de disposições menos usuais e do desenho de luz, delimita o desenrolar das suas obras influenciadas por culturas musicais da Ásia e de África. Colaborando, de forma continuada, com prestigiados agrupamentos ligados à música contemporânea, Goebbels ocupa um lugar único no panorama actual. Neste concerto, ouviremos a estreia em Portugal da obra orquestral A House of Call. My Imaginary Notebook, uma série de meditações sinfónicas resultante de uma encomenda conjunta de várias instituições internacionais, nas quais se inclui a Casa da Música. O vanguardismo e a expressividade contemporânea num espaço físico e sonoro único.
Heiner Goebbels transformou a relação espacial e colaborativa entre músicos, desenhando espaços cénicos que exploram e amplificam as funções dos intervenientes.
artista em residência
PORTRAIT ENNO POPPE
REMIX ENSEMBLE CASA DA MÚSICA
ENNO POPPE direcção musical
ENNO POPPE Speicher, para grande ensemble (estreia em Portugal)
ORQUESTRA SINFÓNICA DO PORTO CASA DA MÚSICA
ENNO POPPE direcção musical
CAROLIN WIDMANN violino
ENNO POPPE Schnur, para violino e orquestra (estreia em Portugal)
ORQUESTRA SINFÓNICA DO PORTO CASA DA MÚSICA
SYLVAIN CAMBRELING direcção musical
PIERRE-LAURENT AIMARD piano
SARAH MARIA SUN soprano
ENNO POPPE Augen, 25 Lieder para soprano e orquestra sobre textos de Else Lasker-Schüler (estreia em Portugal)
REMIX ENSEMBLE CASA DA MÚSICA
ENNO POPPE direcção musical
ENNO POPPE Brot
ENNO POPPE nova obra para ensemble (estreia em Portugal; encomenda Casa da Música, Ensemble Intercontemporain e Lucerne Festival)
Enno Poppe, Artista em Residência, apresenta-se ao público como compositor e maestro neste ciclo. A sua visão musical marca a contemporaneidade germânica, ligando passado e futuro num presente que amplifica a tradição através de uma imprevisível rede de variações.
O Barroco alemão é o foco do concerto da Orquestra Barroca Casa da Música, que, contando com a presença marcante de Nuria Rial e a mestria de Andreas Staier, visita obras dos séculos XVII e XVIII em que a devoção religiosa se mistura com a expressividade operática.
ORQUESTRA BARROCA CASA DA MÚSICA
ANDREAS STAIER cravo e direcção musical
NURIA RIAL soprano
GEORG MUFFAT Armonico Tributo: Sonata n.º 2 em Sol menor
JOHANN SEBASTIAN BACH Cantata “Mein Herze schwimmt im Blut”, BWV 199
—
JOHANN SEBASTIAN BACH Cantata “Ich bin vergnügt mit meinem Glücke”, BWV 84
GEORG FRIEDRICH HÄNDEL Concerto grosso op. 3, n.º 2, em Si bemol maior
O Barroco foi uma época de fantasia e de extravagância, marcado pela ascensão do solista. A génese da vocalidade operática e a transferência desse estilo para a música instrumental sublinham uma nova expressividade. O intimismo devocional das cantatas de Johann Sebastian Bach domina um concerto centrado no Barroco germânico. O cosmopolitismo de Händel e de Muffat reflecte-se na sua música instrumental que congrega estilos e abordagens. Uma viagem sonora pelo melhor do Barroco, guiada pela voz de Nuria Rial e pela direcção de Andreas Staier, visita habitual da Casa da Música.
Johannes Brahms, alemão radicado em Viena, marcou o final do Romantismo. Uma abordagem que olha o futuro a partir das raízes do passado vincou a sua obra. O Coro Casa da Música apresenta obras corais do compositor, num programa aliciante.
CORO CASA DA MÚSICA
SOFI JEANNIN direcção musical
LUÍS DUARTE piano
LÍGIA MADEIRA piano
CLARA SCHUMANN Abendfeier in Venedig
ROBERT SCHUMANN (arr. CLAUDE DEBUSSY) Seis Estudos em Forma de Cânone, op. 56
JOHANNES BRAHMS Verlorene Jugend, de Cinco Canções, op. 104; Liebeslieder-Walzer, op. 52
O movimento coral germânico foi essencial na génese de muitas peças musicais. Associações corais e editores de música impressa encomendaram muitas obras aos compositores do século XIX. Nessa época a valsa dominava muitos eventos sociais, com particular destaque para os bailes. Johannes Brahms escreveu uma quantidade assinalável de música coral num percurso cosmopolita que concluiu com a sua mudança definitiva para Viena. As Liebeslieder-Walzer representam a estilização leve da dança popular e contrastam com a atmosfera séria e nostálgica de Verlorene Jugend. O Romantismo coral encarnado no ideal sinfónico das terras germânicas aliado à expressividade de Robert e Clara Schumann.
Um espectáculo de teatro musical destinado às famílias organizado pelo Serviço Educativo da Casa da Música complementa a oferta de duas semanas dedicadas ao País-Tema da temporada.
UMA ÓPERA RELATIVAMENTE FÍSICA
MÁRIO JOÃO ALVES concepção, direcção artística e interpretação
ÓPERA ISTO! co-produção e interpretação
Einstein era aquele físico célebre pelo seu penteado de propulsão vertical, mas era também um grande apaixonado por música. Adorava tocar violino e ouvir uma bela voz. Para ele, a música e a matemática eram como duas fatias do mesmo melão. Mas agora vamos lá ver uma coisa: quem seria o barbeiro capaz de resolver aquela complexa equação imanente da sua cabeça? O de Sevilha? O de Bagdad? O da Sibéria? O da Boavista? Ou vamos tentar arranjar a coisa por outro lado: será que uma ópera relativamente física é capaz de lhe sossegar o arrepio capilar? Tragam as tesouras! Tac! + Tac! + Tac! = Plim!
Os processos composicionais, a relação de instrumentista/compositor ou as influências da música não-europeia de Enno Poppe, numa entrevista de Peter Rundel.
O que nos provoca o primeiro encontro com uma obra?
É partir desta questão que olhamos para “A House off Call.My Imaginary Notebook” de Heiner Goebbels
O ciclo Made in Germany lança a temporada de 2023 da Casa da Música. É um cartão de visita para os meses seguintes e consiste em seis concertos com os…
Enno Poppe nasceu em Hemer, em 1969, e é um dos compositores alemães mais importantes da atualidade. Vive em Berlim desde 1990. Estudou composição e direção de orquestra na Universidade das Artes de Berlim, com Friedrich Goldmann e Gösta Neuwirth, entre outros. Dedicou-se também ao estudo de síntese sonora e composição algorítmica no Instituto de Tecnologia de Berlim e no ZKM (Centro de Arte e Mídia) de Karlsruhe.